guei no cinema ansioso, comprei um balde de pipoca e estava pronto para desestressar depois de um dia longo de trabalho. Esperava ver um filme de aventura assinado por Steven Spielberg e acabei tendo uma aula de nerdices, estratégias omnichannel e principalmente growth hacking.
Para começar, vamos recapitular a história dos hacks e o seu conceito. Hack é uma “manha”/ habilidade. Aquele talento ou destreza que nós da geração Y usávamos para jogar fliperama e não compartilhavamos nem com os nossos melhores amigos. Pois bem, assim como eu, meu amigos cresceram e aplicaram essas habilidades nos seus trabalhos. Hoje, através de hacks é possível integrar spotify com hubspot. E o resto é lenda pois o céu é o limite.
Um bom profissional de growth hacking consegue cruzar dados, fazer bots, gerar conteúdos e interagir com leads e usuários dos mais diversos aplicativos, redes sociais e jogos online. Plano de comunicação estratégico para integração entre plataformas virou até um produto e vem sendo vendido pelos melhores profissionais de marketing do mercado.
Voltando ao filme, vamos falar sobre a chuva de hacks.
A premissa da aventura do Spielberg é uma só: rejuvenescer as ficções científicas trazendo sacadinhas marotas de referências pop à adaptação do livro Ready Player One publicado por Ernest Cline em 2011. Com essa estratégia, Spielberg atirou onde viu e acertou também onde não viu, pois o resultado alcançado com o filme é a retratação quase verossímil do cotidiano das startups e das gigantes de tecnologia.
Aviso: a partir daqui, podem haver spoilers.
O filme traz a história de Wade, um garoto suburbano que treinou seu avatar e acabou se tornando um dos jogadores mais competentes dentro do universo expandido do jogo. Esse universo se passa em um futuro distópico, onde a maior empresa do mundo é a Oasis, uma rede social que possibilita interações “humano/virtuais“ das mais variadas possíveis. A grande sacada do fundador da empresa foi deixar easter eggs espalhados por todo ambiente virtual e morrer.
Parece sem lógica mas é isso mesmo, após o falecimento do CEO é divulgado um vídeo póstumo onde ele diz que deixou 3 chaves escondidas no algoritmo do jogo e quem achar essas chaves se tornará imediatamente o único dono de todas as ações da Oasis Corporation (conglomerado de empresas originadas a partir da caçada digital).
Dito isso, a guerra começa.
Atrás das chaves escondidas, milhares de empresas são criadas. Desde empresas onde a única função é pesquisar a vida do fundador atrás de suas referências geek às empresas que fabricam trajes que deixam a corrida virtual cada vez mais sensorial.
Nesse ponto do filme o diretor começa a mostrar o cotidiano das empresas atrás de desenvolver inteligência estratégica muitas vezes artificial para burlar as regras do jogo. E principalmente por isso, o filme é uma aula de como as estratégias de growth hoje são criadas.
Vale muito a pena assistir o filme com um olhar crítico voltado à estratégia ou vale a pena só pelo rejuvenescimento estético do Spielberg. Em qualquer um dos cenários, vá amanhã para o cinema ou seja hacker e…..
….bom você já sabe!
Em breve escrevo sobre as lições desse filme para o mercado de e-commerce. Mas essa é uma outra história. Quero saber a opinião de vocês que assistiram, Felipe Holanda, sei que você já viu, o que me diz sobre o tema?
Textos sobre growth hacking você confere aqui no meu linkedin pessoal toda semana.
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